A LAGOA DE IMARUÍ

            A  Lagoa de Imaruí está localizada entre os municípios de Imaruí, Laguna e Pescaria Brava. Está diretamente ligada às lagoas Mirim e Santo Antônio, com uma área de 86,32 km². Os principais rios que nela desembocam são o rio Aratingaúba e o rio Siqueiro.    Nas últimas décadas vem sofrendo com poluição, pesca predatória e a dificuldade na renovação das águas causada pelo aterro da BR-101

POEMA

MINHA LAGOA ASSASSINADA

 

Onde está teu suspiro?
Onde estão tuas vidas?
Sufocaram tuas belezas
Tornando tuas águas poluídas.

Querida LAGOA DO IMARUI
Tantas vidas fizeste em abundância.
Este povo sofrido, pescador por natureza,
Que agora o "rico" explora com arrogância.

Estás sem vida, minha lagoa,
Os brutais capitalistas te mataram.
Teus filhos foram para outras cidades,
Para não serem acusados como te assassinaram.

Mas agora, o que nos resta???

Agora só nos restam a Saudade e a Lembrança,
Das canoas (nas emendas) carregadas de peixes e camarões.
Agora que tudo acabou, só nos resta dizer:
Adeus MINHA LAGOA ASSASSINADA por poderosos "patrões".

 


Poema escrito pelo professor Luiz César da Rosa, nascido e criado na localidade de  Barreiros em uma família que sobrevivia da pesca, numa época em que a Lagoa de Imaruí era bem mais produtiva e bonita que hoje em dia.

     

     O poema acima retrata uma situação que jamais poderia ter acontecido, pois a indignação toma conta, mas ...

     "...é preciso passar da indignação para ação." Prof. Miguel Popoaski

 

        Antigamente a Lagoa de Imaruí não era tão explorada e sim fornecedora de alimentos, em uma noite de pesca inteiramente artesanal se pescava grandes peixes como corvina, bagres, tainhotas, limguados, borriquetes, miragaias e outros mais. Leia mais sobre a tradição da pesca em Pescaria Brava...
       O CAMARÃO era o principal pescado. Se vendia em latas com cerca de 12 Kg. cada, sendo que em apenas um dia de pesca, um pequeno grupo de pescadores podia pegar em torno de 200 latas. Era muito camarão e dos graúdos, que podia se preparar até com recheio de temperos.

        Uma das principais causas da "MORTE" de todo o complexo lagunar do Sul de SC, foi a exploração por empresários, que "alugavam" um pescador nativo para trabalhar, com a colocação desordenada de redes de saco com os "liquinhos", deste o inicio anos 80 até hoje.  

        Além é claro, do aterro (um equívoco da engenharia brasileira) da Ponte de Cabeçudas, na BR-101.  Sendo que para uma ponte de 200 metros aterraram 2 Km de lagoa. Enquanto que a da Estrada de Ferro, com engenharia Inglesa, construída no tempo do Império, foi ao contrário, com 2Km de ponte e 200 metros de aterro.
         E agora, com a duplicação da BR-101, é hora de corrigir esta "burrice" feita pelos nossos antepassados.


MAS O QUE PODEMOS FAZER?

 

            1- Cobrar de nossos políticos ações no sentido de elaborar projetos de recuperação da Lagoa;

            2- Construir fossas e sumidouros em nossas casas de acordo com as legislações pertinentes;

            3- Denunciar a pesca predatória e respeitar o defeso do camarão e dos demais pescados;

            4- Exigir da nova prefeitura, a criação imediata de uma secretaria de pesca e Meio ambiente;

            5- Criar ONGs, grupos e associações de voluntários em defesa da lagoa.

            6- Divulgar nas escolas da região a importância de uma lagoa preservada; e

            7- Após a construção da nova ponte, exigir a retirada do aterro em Cabeçudas .

 

            Várias outras ações podem ser feitas, mas a maioria delas depende de nós. Lembre-se: "...é preciso passar da indignação para ação."

 

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